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Queen B e a Limonada

Atualizado: 1 de ago. de 2022


É interessante observar os arquétipos se manifestando nas criações e nas celebridades. Beyoncé é uma mulher Soberana e aprendeu com sua deusa pessoal a dar aulas de determinação. Nasceu para ser rainha mesmo, assim como Hera na mitologia. Ela sabia o que queria desde muito cedo. Aos 7 anos ganhou seu primeiro show de talentos. Com 12 já trabalhava seriamente em uma girl band chamada Girls Time.


Também acho interessante ver como é fácil identificar uma mulher Hera, elas carregam esse semblante de poder logo cedo, são imponentes, firmes e determinadas. Beyoncé ensina a ter certeza daquilo que se deseja, ter autoconfiança sempre, independentemente do resultado.

Beyoncé vogue
Revista Vogue americana set/2018

A mulher Soberana age como se a vitória fosse seu direito de nascimento, sente-se merecedora de seus desejos. Ela não tenta agradar a todos, ela simplesmente é, isso inspira multidões. Também sabe e faz o que precisa ser feito para atingir seus objetivos maiores.


Beyoncé chegou até a demitir seu próprio pai que era, até então, seu empresário. Ela diz que foi a decisão mais difícil de sua vida, porém, seu trabalho evoluiu muito depois dessa decisão e isso deixa claro que ela fez o que realmente precisava ser feito. Ela vem rompendo paradigmas com suas produções deslumbrantes, seu figurino arrebatador e sua música carregada de significado.


"Depois disso, suas músicas começaram a ficar muito mais autorais e as letras muito mais confessionais, além disso, Beyoncé passou a usar samplers e textos de escritoras feministas tipo Chimamanda Ngozi Adichie.” GIRL POWER X MUNDO TRETA: BEYONCÉ


Faça do limão uma limonada


Em 2016 Beyoncé lançou o álbum Lemonade (limonada) um visual álbum (álbum visual) bastante elaborado o qual o nome deriva do dizer popular, mas que tem de comum apenas o título mesmo.


Beyoncé clip Hold Up
Cena do clip Hold Up

O trabalho é um fenômeno da indústria pop, com uma fotografia profunda e poética, que carrega um discurso político sobre a vida da mulher negra. É também nesse álbum que ela divide publicamente seu processo para lidar com a traição que sofreu.


Através da poesia adaptada, da escritora britânica-somali Warsan Shire, Beyoncé nos mostra a ira de Hera na faixa Anger.


“Se é o que você realmente quer ... Posso usar a pele dela sobre a minha. Seu cabelo sobre o meu. Suas mãos como luvas. Seus dentes como confete. Seu couro cabeludo, um chapéu. Seu (osso) esterno, minha bengala deslumbrante. Podemos posar para uma foto, nós três. Imortalizados ... Você e sua garota perfeita.”

Está aí um exemplo mestre de sublimação da fúria através da criatividade, por esse trecho podemos ver uma Hera que sente raiva da amante, porém, ao invés da nossa rainha encaminhar sua rival às masmorras, ela conseguiu depurar seus sentimentos através de sua criação e colocar no mundo uma ferramenta de transformação.


Tretas fazem parte dos relacionamentos dessa sociedade que tem tanto a aprender. E a ferida patriarcal profunda e sombria que esse arquétipo carrega é tão forte que fez até mesmo nossa Soberana Beyoncé reproduzir scripts arquetípicos vivendo a traição de seu marido Jay-Z, assim como, Zeus fez com Hera na mitologia.


Beyoncé e Jay-Z
Beyoncé e Jay-Z: eles se seguem mutuamente (e exclusivamente) no Instagram Tiffany & Co.

Mas o interessante nessa história foi a forma que ela achou de sublimar essa dor e essa raiva, que culminou em um trabalho f*da. Na minha opinião, o trabalho recente de Beyoncé eleva a cultura pop para outro nível e traz à tona discussões reais e necessárias, poesia e conteúdo de qualidade, algo extremamente disruptivo em um segmento onde imperam as letras pobres que estimulam relacionamentos tóxicos, consumo exacerbado, autocrítica, vícios e mantêm a população fora da realidade.


Não me entenda mal, adoro uma melequinha musical, são divertidas, leves, têm seu papel. Porém, quando um artista consegue esse nível de notoriedade que oferece a cultura pop, a indústria detém esse artista como um ativo (financeiro) e romper com padrões é algo arriscado.


Porém, quebrar paradigmas é algo natural para a mulher Soberana. Como no jogo de xadrez, ela é a única peça para a qual as regras não se aplicam. Hera mantém a fluidez porque foca em si mesma, no que ela deseja e no que ela pode fazer, lidera por inspiração e respeito, e sabe que o verdadeiro controle é o autocontrole.


Aqui nesse vídeo eu entro em maior profundidade no seu trabalho com o álbum Lemonade, dá uma olhada (tem parte I e II):




Quando ouço e assisto às faixas desse álbum eu realmente consigo sentir o que é soberania feminina. Palmas para nossa Queen B que, sem sombra de dúvidas, transformou este limão numa bela limonada.






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Acesse o arquétipo de Hera e receba os presentes que essa deusa traz através do Portal Liberta Deusa, um espaço de conteúdos exclusivos, videoaulas, práticas de ativação dos arquétipos, lives e textos rápidos que vão te auxiliar na sua jornada.















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Comments


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Olá, que bom ver você por aqui!

Prazer, eu sou a Mani!

Eu escrevo sobre o feminino e os arquétipos como ponte para o autoconhecimento e ferramenta de marketing para marcas e imagem pessoal.

 

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