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Porque chamamos nossas deusas de Magnética, Pura, Sensata, Sublime, Valente, Soberana e Nutridora

Atualizado: 1 de ago. de 2022


Existem muitos estudos e terminologias para os arquétipos e para o feminino, no começo da minha exploração quis trazer esses estudos de forma mais preservada, mas com o passar do tempo, vi que alguns desses termos me incomodavam, como a Amante, por exemplo, que ao primeiro contato com essa palavra automaticamente nos remete à amante aquela que se deita com o homem comprometido. Sendo que os reais significados para esse adjetivo são: 1. aquela que ama; namorada, apaixonada; 2. aquela que tem gosto ou inclinação por alguma coisa; apreciadora.


Com a compreensão mais profunda dos 7 arquétipos femininos que estudei, consegui ver melhor a grande qualidade de cada um, aquele poder supremo embutido na essência de cada deusa e, assim, batizei com os nomes que faziam mais sentido para mim.



Afrodite, de Amante à Magnética


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Afrodite, Vênus, Oxum, Shakti e tantas outras deusas representam uma energia essencial do feminino. A mulher sob influência desse arquétipo é chamada de Mulher Afrodite pela escritora e analista junguiana Jean Shinoda Bolen e também é reconhecida como Lover (a Amante) pela jornalista e pesquisadora Ayesha Faines. Duas grandes referências para mim no estudo de arquétipos femininos.


Meus estudos sobre essas teorias me levaram a desenvolver uma visão individual, então o que divido com vocês é a minha jornada com esses e outros tantos estudos sobre o feminino.


A Amante, (tradução literal para o português) é um termo carregado de significado distorcido pelo patriarcado. E foi esse termo que me fez questionar e pensar: e se criássemos nossa própria terminologia? Já que, o que compartilho é uma visão individual...


Quis usar palavras que enaltecem as características principais do arquétipo. E com a ajuda da minha parceira, rebatizamos as mulheres sob influência dessas deusas.


Apresento então a mulher MAGNÉTICA, aquela sob regência predominante da deusa do amor, paixão, beleza e prosperidade, a Afrodite. Chamamos de Magnética por carregar as potências-chave de inspiração, paixão, beleza e/ou magnetismo.



Perséfone, de Moça à Pura


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Como sabem, trabalhamos com teorias que abordam 7 facetas essenciais ao feminino, e algo muito característico do feminino é a capacidade de transformação.


Na mitologia grega essa capacidade é representada pela doce e, ao mesmo tempo, sábia Perséfone. Ou Proserpina para os romanos. A Orixá que representa essa capacidade de transformação é chamada Nanã.


Toda mulher passa por transformações profundas, vemos isso na jornada mitológica da deusa Suméria Inanna. Algumas mulheres porém, têm esse arquétipo como predominante, Jean Shinoda chama essa Mulher de Perséfone, também é reconhecida como Maiden (Donzela ou Moça).


Meus estudos sobre essas teorias me levaram a desenvolver uma visão própria e pensei que Moça não é uma palavra que reflete bem a real potência desse arquétipo.


Essa é uma deusa dual que carrega potências de uma velha sábia, ao mesmo tempo que não perde contato com sua criança interior. Ela é profunda, sensível e carrega capacidades sutis.


Apresento então a mulher PURA, que está sob regência de Perséfone e que carrega as potências-chave de transformação, empatia, sensibilidade, doçura e inocência.



Atena, de Sábia à Sensata


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Atena, também é conhecida como Atenas, é Minerva na mitologia romana. Conhecida por sua capacidade estratégica e também por sua consistente presença nas épicas batalhas.


Vemos a energia desse arquétipo reproduzida em tantas outras culturas, e olha só que interessante, era comum na mitologia pré patriarcal que as deusas da guerra fossem também deusas do amor, como é o caso da deusa Neith da mitologia egípcia.


Ayesha Faines é uma das autoras que estudo e se refere a mulher sob influência desse arquétipo como Sage (a Sábia). Ela elucida que a característica das deusas pré-patriarcais “é um poderoso lembrete de que pragmatismo, intelecto e coragem, são complementações naturais à paixão, o instinto e a criatividade”.


Cada teoria que estudo tem suas peculiaridades e visões da época e da autora. Hoje posso dizer que tenho a minha visão e as informações que trago para vocês são baseadas nesse compilado de autoras que admiro.


Por isso, resolvi renomear esses arquétipos femininos com palavras que marcassem as características essenciais do arquétipo.


A deusa Atena que (com facilidade) acessa a lógica e a razão e triunfa em um ambiente predominantemente masculino rege a mulher que batizamos de SENSATA, pelo seu bom senso e equilíbrio, por carregar as potências-chave de estratégia, liderança e sabedoria.



Héstia, de Mística à Sublime


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Héstia “é a Deusa grega que talvez seja uma das mais antigas personificações da sacralidade do lar”.


Claudiney Prieto associa esse arquétipo a sacralidade e a pureza, características que podemos também reconhecer nas famosas virgens vestais devotas da deusa romana. A mulher com predominância desse arquétipo também é reconhecida como Mystic (Mística).



Como sabem, divido minha visão individual com vocês e nos meus questionamentos pensei que nem toda mulher Héstia é Mística.


Entendo que ela apresenta uma aura enigmática, como se tivesse um acesso maior ao divino, então quero usar uma palavra que represente esse caráter divinal que não necessariamente estivesse associado a alguma prática específica.


Apresento então a SUBLIME, aquela que está sob regência da deusa do fogo sagrado Héstia que carrega as potências-chave de conexão profunda, espiritualidade e centramento.



Ártemis, de Caçadora à Valente


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Ártemis é uma deusa cheia de significados, associada principalmente a seres e animais que representam a faceta da mulher selvagem.


Como na mitologia iorubá temos Iansã, senhora dos ventos e das tempestades, que também traz a força realizadora e, ao mesmo tempo, destruidora. A mulher sobre influência desse arquétipo também é chamada de Huntress (a Caçadora).


Posso dizer que tenho a minha visão e as informações que trago para vocês são baseadas em um compilado de autoras que admiro.


Por isso, escolhi chamar a mulher sob regência de Ártemis, essa deusa forte, realizadora e instintiva de VALENTE, por carregar as potências-chave de mulher selvagem, aventureira e independente.



Hera, de Rainha à Soberana


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Hera é a deusa do casamento na mitologia grega, acabou carregando o esteriótipo da mulher raivosa e ciumenta, mas entender isso é minimizar a potência de umas das deusas mais poderosas da história.


Na mitologia egípcia, a energia dessa deusa é refletida por Ísis, a deusa e rainha que ensina sobre a real transformação através da conjugalidade.


Ayesha Faines chama a mulher sobre influência desse arquétipo de Queen (a Rainha), para lembrar do poder de governança que essa deusa carrega.


Cada teoria que estudo tem suas peculiaridades e visões da época e da autora. Meus estudos sobre essas teorias me levaram a desenvolver uma visão individual, então resolvi renomear esses arquétipos femininos com palavras que marcassem suas características essenciais.


Hera é a deusa SOBERANA por carregar as potências-chave de governança, aliança e poder.



Deméter, de Mãe à Nutridora


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Deméter na mitologia grega representa a nossa habilidade maternal, é graças a ela que sua filha Perséfone é resgatada do submundo.


E como essa capacidade de resiliência, instinto e sabedoria encanta a humanidade! Se eu fosse descrever todas as deusas que carregam essa potência, a lista não curta, porque a capacidade de gerar e nutrir a vida é algo que absolutamente fascina a todos.


A Mãe Terra, a Deusa Tríplice, Ceres, Iemanjá, Nossa Senhora... todas elas falam sobre essa energia. A mulher sob influência desse arquétipo também é chamada de Mother (a Mãe).


Cada teoria que estudo tem suas peculiaridades e visões da época e da autora.


No meu entendimento, nem toda mulher influenciada por Deméter precisa escolher a trajetória tradicional de ser mãe. Essa mulher pode encontrar preenchimento manifestando suas potências de outra forma.


Uma médica, uma fisioterapeuta, uma chef de cozinha, por exemplo, podem ser mulheres manifestando as potências dessa deusa, por isso, escolhemos batizar a mulher sob regência desse arquétipo de NUTRIDORA por carregar as potências-chave de orientação, acessibilidade e cuidado.







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Kommentare


20210116_061553.jpg

Olá, que bom ver você por aqui!

Prazer, eu sou a Mani!

Eu escrevo sobre o feminino e os arquétipos como ponte para o autoconhecimento e ferramenta de marketing para marcas e imagem pessoal.

 

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