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O que é arquétipo de marca

Atualizado: 9 de jun. de 2022

Posso aplicar meu arquétipo no meu negócio?


Vejo perguntas como Posso usar meu arquétipo nas redes sociais?”, “Como ativar o arquétipo tal para despertar desejo de compra?”, “Posso associar o arquétipo de Afrodite a minha marca?” e tantas outras circulando por aí… Vejo muita gente falando sobre negócios e pouca gente falando sobre identidade, por isso senti de escrever sobre isso para vocês, deusas. Sei que muitas estão, assim como eu, no caminho de viver de seu propósito de vida e desejam entender os arquétipos em maior profundidade, por isso escolhi trazer um pouco da minha visão sobre esse assunto.


Sempre busquei uma abordagem mais profunda no trabalho, embora quando falamos de negócios precisamos muito da superficialidade. Hoje quero trazer algumas constatações que tive ao longo desses anos de busca entre propósito em relação a comercialidade e como essas duas frentes, aparentemente opostas, são tão importantes uma para outra. Por ter a tendência de olhar para os negócios dessa forma, fiquei verdadeiramente fascinada quando estudei os arquétipos aplicados às marcas. Aliás, sabia que foi estudando isso que eu cheguei nas deusas?!



Caso prefira assistir esse conteúdo em vídeo, adaptamos o texto para você!



“As marcas arquetípicas fogem de categorização, não têm idade nem região e seu significado profundo deve permanecer intacto. Por isso é importante que a história da marca (não só sua propaganda, mas todo o mito ou lenda que cerca a marca) seja coerente com o arquétipo básico da marca. As marcas são confiáveis na medida em que tudo o que fazem seja coerente. Os produtos parecem corretos quando tudo neles está alinhado com o arquétipo que os anima. Isso, obviamente, inclui o logotipo do produto, o jingle, o desenho do produto, a embalagem e a colocação nos pontos de venda, bem como o desenho da história, o ambiente que cerca a venda do produto, o aspecto visual e a linha narrativa de todo o material promocional, incluindo o website. Todos esses elementos devem contar a história da marca.” O herói e o fora da lei - Como construir marcas extraordinárias usando o poder dos arquétipos, Margaret Mark e Carol S. Pearson

Como mentora de negócios, percebo ser bem comum alguns donos de negócio pensarem pouco em como se diferenciar da concorrência. Parece que estão sempre preocupados em uma corrida louca focados no que o outro faz para fazerem igual, mais barato ou melhor.


A primeira coisa que eu faço quando começo a trabalhar com uma empresa é trazer a sua atenção para dentro, gosto de convidar seus fundadores e gestores a se lembrarem do porquê começaram tudo isso, quais foram suas motivações, seus valores, seus desejos e qual é seu papel. São perguntas complexas que demoram a serem respondidas, usar arquétipos é algo eficaz porque traz essa profundidade aos negócios, torna-se o eixo e todas as perguntas que permeiam o universo da marca se tornam mais fáceis de serem respondidas em poucas palavras. Esse é o poder do arquétipo aplicado a marca, trazer unidade e profundidade de maneira simples.



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Arquétipos são identidades forjadas a partir de mitologias que reconhecemos e nos vinculamos coletivamente, normalmente de forma inconsciente.


Quando utilizamos uma identidade para construir uma marca, criamos algo forte, competitivo comercialmente, porque se destaca da concorrência por ter algo a mais, não é commodity, é algo que traz preenchimento em níveis mais profundos porque carrega símbolos, traz identificação, acessa desejos profundos.


Portanto, quando uso arquétipos para despertar desejo, uso uma estratégia comercial complexa que leva o critério de escolha do meu cliente em relação ao meu produto ou serviço além de ‘produto, preço, praça e promoção’, ou seja, além dos critérios básicos de escolha frente a concorrência, ele ‘me escolhe’ a partir de uma identificação arquetípica, ou seja, uma identificação ou expectativa de realização e preenchimento.


Tá complicado? Calma que eu explico, mas, por hora, saiba que em suma, são dois movimentos que precisamos fazer para despertar desejo de compra (e basicamente qualquer outro desejo também), primeiro identificar a base, a identidade. Depois comunicar isso, por imagens inspiradoras construídas com um objetivo.


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Imagem, identidade e desejo de compra


Como posso criar uma cena que motive mulheres a desejarem mais? Como posso contagiar o amor que sinto? Essas normalmente são as primeiras perguntas que eu me faço quando quero, por exemplo, criar um ensaio fotográfico para postar aqui no blog ou Instagram.


Existem muitas formas de expressar esse enredo arquetípico, mas no post de hoje escolhi falar sobre a expressão visual da identidade, algo que considero a forma mais interessante de manifestação dessa identidade.


Você já pensou sobre isso? Como posso comunicar algo que sou, um objetivo, uma mensagem através de imagens?


Normalmente é a imagem que inicia processos, somos instigadas e provocadas por estas e, mesmo que não estejamos a todo tempo pensando sobre o que elas significam, essa exposição gera sensações e ativa conteúdos que podem (ou não) gerar identificação, desejo, repulsa, etc...


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É por isso que as imagens são muito utilizadas comercialmente também, é uma forma de rapidamente despertar uma sensação que instiga uma ação. Se eu passo andando e vejo uma imagem (em uma propaganda) que me traz uma sensação, eu desperto para um produto ou serviço, se é algo que eu desejo ou estou buscando, bingo. Este é um dos princípios básicos do marketing.

É assim também no Instagram, se a imagem te instiga, talvez você sinta vontade de ler o texto na legenda e se esse texto te desperta curiosidade pode sentir vontade de ir mais a fundo no assunto. Mas é a imagem que abre (ou fecha) portas para algo novo.

Mas você já pensou mais profundamente sobre o simbolismo dessas imagens? Sobre que elas movimentam em nós de forma consciente e inconsciente?



A convidada veio de branco

Lembro-me da primeira frase, do primeiro livro, sobre consultoria de imagem que li:

“Estudos indicam que 55% da primeira impressão que as pessoas têm de você é baseada em sua aparência e ações, 38% em seu tom de voz e 7% no que você diz, demonstrando assim que somos criaturas visuais.“ Titta Aguiar

Isso significa que as pessoas estão lendo coisas sobre você e você lendo coisas sobre elas através de códigos e símbolos que expressamos visualmente. Isso pode ser feito de maneira consciente ou inconsciente, mas é inquestionável o impacto que as imagens têm sobre nós. Se você começar a observar e refletir sobre isso vai perceber como é profundo.


Já reparou que, às vezes, vemos pessoas fazendo escolhas de vestimenta que nos incomodam muito? Ou que nós fazemos escolhas de vestimenta que incomodam muito as outras pessoas?


Tipo, quando uma convidada vai de branco a um casamento, por exemplo. A tradição diz que a noiva estará de branco, esse é o critério mais tradicional na escolha do figurino desse ritual. Já foi a uma loja de noivas? A primeira vez que eu fui eu fiquei impressionada com a quantidade de tonalidades possíveis para um vestido branco.


A figura da noiva em si, é um arquétipo para nós, num casamento minimamente tradicional é sempre esperado que a noiva iluminará o ambiente em sua entrada triunfal refletindo toda luz do ambiente em seu vestido branco, comunicando a qualquer leigo presente que aquela é a figura mais importante daquela noite, pois hoje se une em matrimônio.


Porém, comumente vemos uma convidada do casamento vestindo branco, uma escolha que provoca e costuma ser a fofoca número 1 da noite (claro, antes de todo mundo ficar chapado e os bafões mais interessantes acontecerem).

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Foto: constancezahn.com

Na maioria das vezes, a convidada nem percebe que fez isso e se alguém a questionar pode ser que ela ache absurdo esse questionamento. Mas, será que escolher vestir a cor tradicional para noivas no ritual de casamento de outra pessoa, quer dizer o quê?

Será que, inconscientemente, ela também deseje estar ali no papel principal, embora negue isso para si mesma? Será que esses eventos despertam nela uma criança insegura que precisa de atenção? Seja qual for o gatilho da polêmica escolha, provavelmente inconsciente, foi algo que acabou colocando os olhares de muitas pessoas em sua direção, porém, em uma situação desconfortável de desaprovação. Armadilha do subconsciente! (diria uma amiga minha)

Por sua vez, os que se incomodam estão sentindo o quê? Um comportamento subversivo da ordem? Alguém está tentando invadir ou ofuscar a noiva e isso pode permitir que me invadam também? Ela se sente insegura e mostra a minha insegurança? Percebe como uma simples escolha de cor pode movimentar tanto conteúdo em nós a partir de sua simbologia?



O Patinho Feio

No Herói e o fora-da-lei, as autoras trazem a reflexão sobre um enredo arquetípico muito utilizado no cinema, o patinho feio, esse também mostra a importância da vestimenta como ferramenta.


· “A beleza, virtude ou poder especial do protagonista é oculto por roupas comuns, ou por um disfarce.
· Ninguém percebe a verdadeira potencialidade interior ou as virtudes do protagonista, com exceção de um indivíduo, que suspeita que elas possam existir.
· O momento-chave é a mudança do traje ou de aspectos "externos". Que revela o verdadeiro ser interior.
· O protagonista começa a perceber sua identidade especial.
· Forças (ou obstáculos internos) conspiram para trazer o protagonista de volta ao seu papel original.
· O protagonista vence essas forças e conquista o merecido reconhecimento.
O "dom" ou apelo psicológico da história do Patinho Feio é que ela reflete um anseio profundo que todos nós sentimos de vez em quando: "Se eles soubessem como eu sou bom ou inteligente por dentro, se eles compreendessem meu verdadeiro eu, então eu seria aceito, promovido, amado, etc. '
Vemos a história do Patinho Feio se concretizar em filmes tão diferentes entre si como Zorro, Feitiço da lua, My Fair Lady, Super-homem, Sabrina, Uma secretária de futuro, Uma linda mulher e, claro, um dos grandes favoritos de todos os tempos, Cinderela.
Se o roteirista ou publicitário não compreender a importância da "mudança de roupas" nesta história – o momento em que o interior e o exterior se alinham - nunca teríamos Clark Kent na cabine telefônica, Julia Roberts na Rodeo Drive ou a magia dos trapos de Cinderela transformados em um vestido de baile.”

Porque a superficialidade é importante?


Como disse anteriormente, o mercado e as redes sociais trabalham a superficialidade, porém, quando bem construídas, essas mensagens são a porta de entrada para algo que é muito profundo dentro de nós.


Estudar arquétipos, para mim, é algo delicioso que traz profundas compreensões sobre mim e sobre o outro, mas também é divertidíssimo experimentar criações a partir da compreensão desses estudos, e muitas dessas criações são visuais.

“O visual que você transmite nos primeiros dez segundos a uma pessoa que o vê pela primeira vez é o suficiente para que ela tire todas as impressões sobre você baseada em sua aparência pessoal. (...) Nos primeiros dez segundos você estará sendo julgado quanto à classe social, à situação financeira, à personalidade e ao nível de sucesso. Essas impressões ditam como será a interação com a pessoa julgada: se positiva, aceitamo-la, mas, se negativa, a tendência é fechar a porta para ela.” Titta Aguiar

Comece a observar como essa afirmação da Titta faz sentido. Não só em relação à aparência física das pessoas, mas tudo a nossa volta: o ambiente, os objetos e as escolhas que fazemos são impactadas pela sensação e emoção gerada ali, de maneira inconsciente.


Se você é alguém profunda, assim como eu, talvez se sinta um pouco frustrada de perceber como são rasas as impressões que temos uns dos outros. Veja, aqui estamos falando de negócios e ‘marketing’, estamos falando sobre os preciosos segundos que temos disponíveis da atenção de nossos potenciais clientes. Num mar de informações como você pode se fazer vista?


O livro da Titta fala muito sobre usar a sua imagem pessoal de forma estratégica, especialmente para os negócios. Esse livro foi escrito há quase 20 anos em um tempo em que os contatos eram majoritariamente pessoais.


Imagine agora que os contatos são feitos através da ‘internet’ e temos muito menos que 10 segundos para nos apresentarmos aos nossos potenciais compradores. A mensagem tem que estar muita clara e despertar atenção instantânea.


Então, estabelecemos aqui que despertar desejo através da imagem é como construir uma ‘vitrine’. É claro que é impossível colocar tudo disponível na loja em uma ‘vitrine’, seu objetivo, porém, é despertar o desejo e mostrar ao que se presta.


Mas, não é porque o mercado tem uma lógica superficial que nós precisamos ser superficiais em nossos negócios.


Estou escrevendo uma série sobre a regência de cada deusa e como isso influencia nos nossos aspectos pessoais e profissionais. Lá eu entro em profundidade sobre o propósito de cada arquétipo, consequentemente nosso caminho de produção e criação, e quero ressaltar que essa é a base para fazermos qualquer outra escolha comercial, algo que precisa ser olhado em profundidade. Lembre-se sempre que é a partir de uma identidade bem definida que somos capazes de criar desejo de maneira sustentável.


É ambíguo eu sei, mas dizer que a profundidade é importante para a superficialidade, só é confuso se você olhar as partes em separado. Se você percebe tudo isso como algo pertencente a uma unidade, tudo faz sentido, como em uma árvore com raízes profundas, tronco, galhos, folhas, flores, frutos.


Eu sempre olhei para os negócios como criações de seus donos, portanto, partes integrantes de seu ser. Foi trazendo essa visão mais profunda que consegui ajudar muitos deles a trabalharem sua comercialidade de maneira eficaz. De que me adianta regar as flores se as raízes estão fracas, soltas e apodrecendo? Por quanto tempo vou conseguir maquiar isso? É por isso que muitos negócios ruem.


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Outros, porém, se perdem na profundidade, como num inverno sem fim, são sempre raízes e tronco, galhos secos e enrijecidos que nunca florescem porque consideram a comercialidade superficial, portanto menos importante, desintegrando assim seu negócio, sua possibilidade de leveza, inspiração e criação.


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Precisamos de todas as partes, do arquétipo e do estereótipo. Estereótipo é antônimo de arquétipo que, por definição, significa“o conceito ou imagem preconcebida, padronizada e generalizada estabelecida pelo senso comum, sem conhecimento profundo, sobre algo ou alguém”, não vou colocar a definição de arquétipo, pois a essa altura imagino que você já saiba, certo? Se ainda não sabe e caiu de paraquedas aqui, então lê esse post Arquétipos Femininos e a complementação dele aqui.


O coletivo vai estereotipar porque os estereótipos simplificam as coisas e nos permitem viver em sociedade. Especialmente se você é alguém que está buscando visibilidade (nas redes sociais ou em qualquer outro lugar) você precisa ser amiga dos estereótipos. Quando precisamos nos expressar de maneira eficaz e comercial precisamos simplificar as coisas. A questão é: o que você faz com isso depois que conseguiu a visibilidade, também - e principalmente - a partir de onde surge essa visibilidade.


Se você constrói o estereótipo da sua marca, em outras palavras sua vitrine, a partir de uma identidade arquetípica (ou seja, profundamente pensada e desenhada a partir do que você é e deseja), sua mensagem se torna inspiradora e eficaz, desperta desejo naqueles que se identificam com a sua mensagem ou buscam o que você tem para oferecer invariavelmente, porque a sua mensagem é clara. Você deliberadamente constrói algo que vai tocar os outros consciente ou inconscientemente porque acessa uma mensagem coletiva que está dentro de todos nós.



O arquétipo fala sobre a nossa vocação


Como eu posso servir hoje, já pensou sobre isso? O que você veio fazer no mundo? É nisso que sua comunicação deve estar pautada.


Para ficar mais claro quero exemplificar com a Magnética, a mulher que está sob regência de Afrodite (se você ainda não sabe quem é sua deusa pode descobrir aqui).


Essa mulher vai sentir que seu chamado de produção e criação está ligado a beleza, arte, criatividade, sexualidade, sedução, prazer, sobre a chama da paixão que tudo inicia. Mas, ao nos aprofundarmos nesses impulsos, perceberemos que a Magnética em sua plena potência está profundamente conectada com o amor, especialmente ao amor-próprio. Afrodite nos ensina a sermos livres e conectadas com a nossa essência através da linguagem do amor.


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Quando vemos esse arquétipo expresso na publicidade, observamos o estereótipo, vemos romance, brilho, luxo, sedução, luxúria, prazeres e exageros, tipo aquelas atmosferas magnéticas dos comerciais de perfume, sabe? Uma exacerbação simplista de algo profundo que se presta simplesmente a despertar um gatilho em você, te mostrar parte de algo que você quer, é ou precisa.

Uma única tomada de um comercial de perfume já nos mostra ao que vem essa publicidade, percebe? Então são realmente eficazes porque são superficiais e comunicam rapidamente, despertam desejo rapidamente.

Como seriam as estéticas das deusas e como você pode usá-las ao seu favor?


Para fazer isso no seu negócio, você precisa simplificar as mensagens essenciais da sua deusa. Por exemplo, na marca Liberta Deusa usamos símbolos, cores, fontes e fotos que remetem a Afrodite, com uma pitadinha de Perséfone. Esse aqui foi o último moodboard que construí para usarmos como referência da construção das artes.


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Existem muitas estéticas que podem ser construídas no universo de cada deus, e o legal é que você pode ir misturando outros elementos da sua personalidade.


É como se você estivesse traduzindo de forma simples e visual o que você é e no que você acredita. É por isso que eu consigo aplicar as estéticas das deusas a tudo e fazer aqueles conteúdos que vocês adoram, tipo, moda das deusas, maquiagens das deusas, etc.


Então, se você está a fim de começar a montar uma identidade visual para você baseada no seu arquétipo dominante, vou te dar algumas dicas para você se inspirar.


1. Defina seu arquétipo dominante

2. Pesquise imagens desse arquétipo

3. Construa um painel inspiracional

4. Defina sua paleta de cores, tipografia e linguagem a partir deste

5. Crie (e/ou procure uma designer gráfica para criar para você, assim como eu!)








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Olá, que bom ver você por aqui!

Prazer, eu sou a Mani!

Eu escrevo sobre o feminino e os arquétipos como ponte para o autoconhecimento e ferramenta de marketing para marcas e imagem pessoal.

 

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