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A Magnética e o amor

A paixão como essência


Hoje inicio um novo ciclo com os arquétipos das deusas, esse assunto que foi crescendo dentro da minha jornada e que de coadjuvante assumiu papel principal. É muito louco pensar que quando você se conecta com as deusas, elas realmente abrem caminho para expressarmos a nossa verdade em todos os âmbitos.


Ao contrário do que eu fazia antes, que era assumir o papel da especialista, percebo-me muito mais como uma criadora, uma observadora apaixonada dessa magnética e misteriosa coisa que chamamos natureza humana, e sinto grande prazer em compartilhar meus estudos sobre os arquétipos femininos com vocês.


Cada deusa traz um presente para todas nós, influencia em um determinado momento da vida, então se você sente o chamado de Afrodite, realmente não importa a influência que você acredita que ela tem sobre você, se Afrodite te chama, só vai, mergulhe nesse universo sensorial e de beleza que existe, com certeza, muitos presentes ali para você.


Aqui no blog pretendo trazer a introdução de cada deusa, um gostinho para despertar cada uma delas dentro de você. Se você sentir de se aprofundar ainda mais, pode mergulhar nos conteúdos através dos guias que produzimos e também, de forma guiada, através da mentoria.




A paixão é o presente de Afrodite

paixão de afrodite

Musa inspiradora de tantos e tantos, não temos como passar desatentos a essa força que grita dentro de todas nós, o princípio da criação é o que move a energia da deusa do amor e da beleza, que nas manifestações humanas vemos belamente expressas por meio da paixão.


Esse é o grande presente dessa deusa para nós, o combustível que tudo inicia que nos faz manter ligados e eletrizados, entregues aquilo que nos parece ter um significado maior, inexplicável.


Afrodite não está na mente, está no corpo e na alma. É o sutil que nos inspira e dá propósito, é chama que irradia e contagia. A energia percebida como magnética que nos eleva, tanto àqueles que a manifestam, quanto àqueles que por esta são tocados.



“Tal mulher compreende as pessoas do mesmo modo que um ‘connoisseur’ de vinhos fica atento e observa as características de um novo vinho. (...) imagine um aficionado do vinho apreciando o prazer de conhecer um vinho desconhecido. Ela (ou ele) ergue a taça voltada para a luz a fim de examinar a cor e a pureza do mesmo. Aspira o buquê, experimenta lentamente um trago para testar sua qualidade e suavidade; saboreia ainda o ressaibo.” Jean Shinoda


Se abra mulher! Deixe Afrodite arrebatar a sua vida, enquanto estiver nessa jornada com ela, viva intensamente esse arquétipo, saboreei todas as dádivas com as quais ela presenteia a todas nós, só assim saberá quanto Afrodite faz parte de sua psique. Principalmente se você é uma mulher Magnética (arquétipo de Afrodite entre os dominantes), nesse caso o amor, o relacionamento, a paixão e a conexão serão sempre temas prioritários e naturais para você.


Eu ignorei minha Afrodite por um bom tempo, me agredia constantemente nesse controle e nem percebia, porque entendi quando muito jovem que a minha natureza flertiva e aberta incomodava e atrapalhava a vida dos outros e me tornava uma pessoa egoísta.


Demorou um bom tempo para eu conseguir entender o que aquela energia significava, mas depois de muita terapia, práticas corporais, textos e mais textos, livros produzidos, veio a compreensão dessa energia vital e criativa, veio a apropriação dessa potência, que deusa, vou te falar, não é fácil não...


Com Afrodite liberta pude finalmente compreender que, se a minha presença incomoda, o problema é de quem está incomodado. A Magnética tem o propósito de inspirar, criar e estimular o desejo e a paixão, por isso mesmo as pessoas podem se sentir abarrotadas com toda essa inebriante e libertária energia, especialmente em uma sociedade repressora e castradora que tem medo do feminino.


Cabe a Magnética se permitir ser, deixar que essa tão potente energia a arrebate a ponto de irradiar nos outros. Existe um egoísmo sim nesse arquétipo, que é quase uma estratégia de defesa, é afirmação interna que diz ‘eu me amo mais do que a qualquer outro’ o que ajuda manter a mulher Magnética sendo ela mesma, sem se contaminar pelo outro. É por isso também que esse é arquétipo da autoestima.


Essa é sua força mulher, a capacidade de se manter íntegra.




É provável que sua Afrodite também tenha sido ignorada


E como vocês já estão cansadas de ler em meus posts, textos, etc, vivemos em um sistema patriarcal e racional que fomenta algumas coisas em detrimento de outras, as nossas potências e habilidades não estão incluídas no grupo de características valorizadas. A energia de Afrodite é muito mal interpretada e, por isso, precisamos de um processo de libertação para compreendermos esta dentro de nós, para isso recomendo a leitura de Hécate e As Deusas da Lua Negra.


No âmbito social, vejo a sombra de Afrodite raivosa por ter sido ignorada, em uma faceta da sociedade na qual a beleza real não é permitida de ser expressa, ao invés disso definem-se padrões. Então vemos pessoas superficiais e obcecadas em parecer de uma certa forma, vemos discursos vazios e uma busca consumista que tenta preencher o buraco de uma natureza não aceita ‘super-compensada’ em procedimentos e mutilações corporais. Uma manifestação desesperada que cruzou de longe o limite do saudável e que nada tem a ver com a expressão da deusa que tem o amor e a beleza em sua essência.


Aprender sobre amor é algo que abre caminhos, pois permite que não nos forcemos a ser algo que não somos, já que na sociedade atual só existe uma forma tradicional e todas as outras que fogem do comum geram no mínimo dúvida. E isso vale também para o campo relacional.



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“O modo ‘apaixonado’ como Afrodite trata outra pessoa como se ele ou ela fossem fascinantes e belos é característico das mulheres que personificam o arquétipo, e é um modo natural de relatar e colher informações para muitas mulheres e homens que gostam das pessoas e enfocam sua atenção total concentrada nelas. “ Jean Shinoda



A potência de Afrodite é algo impalpável e subjetivo. Você mulher Magnética, não precisa tentar se destacar pela sua inteligência, praticidade ou por qualquer outra característica, porque sua missão é simplesmente ser. Sentir, estar presente, inspirar-se para inspirar seu entorno, permitir que os outros sejam iluminados pela sua luz de amor.




Ah! o amor…


Resolvi começar a minha exploração pelo campo dos relacionamentos amorosos por ser

este um assunto pelo qual me interesso a tanto tempo e no, qual me vejo como eterna curiosa. Existe muito material por aí falando sobre isso, muitos deles consistem em manuais sobre o que fazer e como fazer. Isso pode funcionar para muitas pessoas, em muitos momentos da vida, especialmente aquelas mais tradicionais, mas, um dos meus primeiros grandes insights ao estudar os arquétipos foi perceber a multiplicidade da natureza humana, então a única certeza que tenho a esse ponto é que uma coisa que funciona para mim, pode não funcionar para você, por isso minha abordagem com os arquétipos é muito mais de explanar o que é a natureza de cada deusa (e quais são as possibilidades estudadas para ela), para você então decidir o quê e como fazer.




Uma ressalva


Se você não se identifica com parte do conteúdo que compartilho, eu lhe encorajo a buscar referências novas ou complementares que façam sentido para você, me colocando também à disposição para dúvidas e compartilhamento de novas descobertas. Eu desejo que esse conteúdo abra portas para você e traga novos insights, espero realmente que ele traga resoluções, independentemente de sua história ou escolhas, afinal, embora múltiplos, somos humanos e nosso impulso de amar é, em essência o que nos faz humanos, portanto, partes pertencentes de um todo comum.


Porém, o tema de relacionamento amoroso traz questões de gênero e também de orientação sexual, as quais eu considero fora da minha alçada de discussão. Acreditem, eu adoraria ter um grupo de estudos com grandes debates sobre como, mais especificamente se aplicaria o estudo dos arquétipos para cada pessoa e cada história de vida, mas infelizmente, não tenho base suficiente para tal, por isso escolho me ater aquilo que eu compreendo e experiencio de fato, ou seja, minha história de vida.




A química dos deuses


A regência dessa deusa traz uma ambiguidade intrínseca difícil de gerenciar. Isso porque, ao mesmo tempo que é romântica e acredita no ‘felizes para sempre’, ela não se contenta com pouco, não se sustenta na monotonia, ela precisa de ação e paixão constantes para viver bem. A Magnética equilibrada tem um autoamor e autorrespeito muito grande e não aceita mixaria.
















“Eu te amo, mas eu me amo mais.” Samantha Jones, Sex and the City

Os enredos mitológicos nos contam sobre a complementariedade entre as parcerias arquetípicas, isso significa que algumas parcerias são mais naturais, somos impulsionadas e nos sentimos atraídas por alguns perfis e isso tem um porquê, temos energias que se complementam, nos entendemos melhor e é por isso que tendemos a atrair e nos relacionar com perfis semelhantes.


Se tratando só do aspecto Afrodite, algumas uniões podem ter muitos problemas, é por isso que a seguir vou tratar dos perfis que são mais compatíveis para você. Lembrando que os homens também são uma mescla dos deuses, então você pode ser uma Afrodite-Hera casada com um Ares-Zeus e essa ser uma união fantástica! Ou não, rs!


Como na mitologia de tantas culturas, a deusa do amor faz par romântico com o deus da guerra, uma complementariedade que pode trazer muita paixão e a sensação de preenchimento para ambos, mas também muita explosão e conflitos.


Afrodites comumente se atraem por Ares, porque ambos são passionais e vivem no presente. Ares também é alguém corporal e volátil como ela, porém, em oposição, tem uma grande dose de energia masculina (yang).


“Ares é masculino, sensual, ambicioso, compulsivo, competitivo. Ele é um homem de ação e virilidade, suas paixões devem ser canalizadas no trabalho e nos esportes, pois quando não está canalizada em sua carreira ou algo positivo, especialmente em uma sociedade que denigre emoções masculinas, eles podem se tornar agressivos e até violentos, essa é a sombra do guerreiro.” Ayesha Faines

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Obra de Hendrick de Clerck (1560/70-1630), Marte e Vênus surpreendidos por Vulcano, Cupido e Apolo



Outro perfil de homem que você atrai também é o filho renegado de Zeus, Hefesto. Acredito que o lado bom de atrair e ser atraída por esse perfil é que são homens menos tradicionais e isso é algo que nutre a mulher Afrodite, são aqueles que são mais interessantes. Mas isso depende bastante de quanto esse homem se aceita como é, como lida com seus traumas e com o fato de ser um outsider.


Hefesto se manifesta nos homens mais introspectivos. Como Ares ele é também um homem bastante conectado com as emoções e mais manual, por isso rejeitado por seu pai, tinha os pés defeituosos na mitologia e também foi rejeitado por sua mãe Hera e expulso do monte Olimpo. Foi criado por duas mães e poderia ser encontrado em sua oficina, no seu palácio.



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Obra de Giovanni Battista Tiepolo (1696-1770)



Dos três parceiros de Afrodite, Hermes é o que tem mais facilidade em navegar no mundo patriarcal, uma vez que está mais fortemente conectado com o mundo racional. Ele é o deus da comunicação, do movimento, é aquele que transita entre reinos, é amistoso e consegue se comunicar e se virar em qualquer lugar.


É aquele homem de espírito jovem que, independentemente de sua idade, tem sempre aquele aspecto de garotão, é quase uma versão masculina sua no sentido de ser carismático e bem-afeiçoado.

Apesar de muito charmoso, ele é também um homem desapegado, que não quer sossegar, é o senhor do talvez, portanto, esse pode representar um desafio para a mulher Magnética.


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Obra de Walter Crane (1885), Hermes e Vênus olhando em um espelho




Sua natureza


O reconhecimento de sua natureza para essa e outras áreas da sua vida é fundamental para você encontrar preenchimento em suas relações. O estudo e contato ativo com os arquetípicos trazem autoconhecimento e autoaceitação através da compreensão de sua regência interna, seja ela uno, dupla ou tripla.


A maioria de nós tem dupla regência, se você tiver uma terceira deusa nessa composição ela vai adicionar um ‘tempero’, vai fechar algumas pontas soltas, vai funcionar como uma finalização da sua natureza, por assim dizer. E se for só uma, você usará as outras deusas como meio de conquista daquilo que a preenche (assim como para todos os casos).


Talvez você ainda não tenha completa clareza de sua combinação arquetípica*. Mas descobrir esse pareamento é fundamental, porque ali você vai perceber se aquilo que você vive está, ou não, congruente com aquilo que te preenche e principalmente se os desafios que surgirão estão alinhados a sua natureza e instintos. (*faça o teste e descubra suas deusas dominantes)


Tenho uma amiga que diz, quando se tratando de relacionamentos “a gente escolhe os problemas que a gente quer ter”. Gosto muito dessa frase porque é muito aterrada, realista e crua (bem Ártemis, assim como ela).


Esse discernimento realístico é algo que nós Magnéticas precisamos, por isso é sugerido que a mulher sob influência de Afrodite se conecte com Atena, porque ela vai trazer uma visão estratégica para suas escolhas que podem ser um tanto impulsivas.


Compreenda melhor o arquétipo de Afrodite, principalmente se ele for um de seus dominantes, encontre cada vez mais autonomia e preenchimento em cada decisão que você tomar na sua vida.





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Comments


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Olá, que bom ver você por aqui!

Prazer, eu sou a Mani!

Eu escrevo sobre o feminino e os arquétipos como ponte para o autoconhecimento e ferramenta de marketing para marcas e imagem pessoal.

 

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